Quando Oscar Piastri chegou ao Grande Prêmio da Hungria 2025, ele já carregava a liderança do campeonato com 266 pontos, e a expectativa era enorme. O duelo interno da McLaren contra a Ferrari ia decidir não só o título de pilotos, mas também o de construtores. A corrida, marcada para domingo, 3 de agosto, às 10h (horário de Brasília), será transmitida ao vivo pela Band, BandSports e no streaming da F1 TV Pro. Aqui estão todos os detalhes que você precisa saber antes de ligar a TV.
Contexto e histórico do GP da Hungria
O Grande Prêmio da Hungria completa 40 edições neste ano, tornando‑se um dos circuitos mais tradicionais da Hungaroring. Desde 1986, a pista tem sido palco de corridas técnicas, onde a ultrapassagem costuma ser difícil e a estratégia de pit‑stop ganha ainda mais peso. Em 2024, o holandês Max Verstappen venceu, mas a implementação de novos compliance‑rules de pneus prometeu mudar o perfil da disputa para 2025.
Para a temporada atual, a McLaren já acumula seis vitórias, todas conquistadas por Piastri, que fez história ao triunfar em Budapeste no ano passado, iniciando sua trajetória de sucesso. O circuito, com 4,3 km e 14 curvas lentas, favorece pilotos que conseguem extrair o máximo de aderência, como Lewis Hamilton, que detém oito vitórias e nove pole positions no Hungaroring.
Programação e horário de transmissão
A agenda completa, todas no horário de Brasília, está definida da seguinte forma:
- sexta‑feira – Treino Livre 1 (TF1): 08h30
- sexta‑feira – Treino Livre 2 (TF2): 11h30
- sábado – Treino Livre 3 (TF3): 07h30
- sábado – Classificação (Q): 11h00
- domingo – Corrida Principal (GP): 10h00
Os canais que levarão a ação ao vivo são a Band (TV aberta), BandSports (cabo/satélite) e a plataforma de streaming F1 TV Pro, que oferece recursos de telemetria em tempo real. Quem prefere assistir pelo celular pode baixar o app da F1 TV Pro e acompanhar cada milissegundo da disputa.
Desempenho dos principais pilotos
Além de Oscar Piastri, que chega confiante após a vitória em Spa‑Francorchamps, a lista de favoritos inclui:
- Lando Norris (McLaren) – 250 pontos, com histórico sólido no Hungaroring, onde já subiu ao pódio duas vezes.
- Max Verstappen (Red Bull) – 185 pontos, admitindo que o título está fora de alcance, mas ainda pode lutar por vitórias individuais.
- George Russell (Mercedes) – o único piloto fora da McLaren e Ferrari que conseguiu subir ao topo do pódio em 2025.
- Lewis Hamilton (Ferrari) – ainda busca acrescentar mais um triunfo ao seu recorde no circuito.
O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, ocupa a 19ª posição com apenas 6 pontos e vê o GP húngaro como a oportunidade de quebrar a sequência de resultados medianos. A estratégia de pneus será decisiva: a maioria das equipes pretende usar o composto duro nos primeiros treinos e mudar para o médio nas voltas finais, tentando ganhar tempo nas curvas de 130‑140 km/h.
Batalha no campeonato de construtores
Na classificação dos fabricantes, a McLaren lidera com 516 pontos, seguida de longe pela Ferrari (248 pontos) e Mercedes (220 pontos). A diferença de quase 300 pontos entre McLaren e Ferrari significa que, se Piastri vencer e Norris terminar no pódio, a vantagem pode subir para mais de 350 pontos, praticamente assegurando o título de construtores antes da pausa de verão.
Especialistas da Motorsport.com apontam que a única ameaça real vem das estratégias de pit‑stop. “Se a Ferrari conseguir cortar 1,5 segundo a menos no pit‑stop, pode fechar a lacuna nas próximas duas corridas”, comenta o analista Carlos Barros.
Expectativas climáticas e estratégias de pista
A previsão para Budapeste indica máximo de 29 °C no domingo, com probabilidade de chuva abaixo de 5 % durante o final de semana. Temperatura alta costuma tornar o asfalto mais escorregadio, exigindo maior cautela nas curvas de S‑shaped (curvas 1‑3). Por outro lado, a baixa probabilidade de chuva diminui a chance de um “sprint” inesperado que poderia misturar a ordem de largada.
Na prática, as equipes devem focar na configuração de freios e no ajuste do motor para otimizar a saída da primeira curva, que costuma ser o ponto de maior perda de posições. “Nós treinamos o simulador para reproduzir a temperatura do asfalto de 45 °C, isso nos dá confiança de que a McLaren pode manter a velocidade nas curvas 8 e 9”, revelou o chefe de pista da McLaren, James Key.
O que esperar após a pausa de verão
O GP da Hungria será a última corrida antes de uma pausa de três semanas, período em que as equipes podem revisar o pacote aerodinâmico e adaptar o carro ao próximo circuito de Spa‑Francorchamps. Se a McLaren consolidar a liderança agora, a pressão sobre Ferrari e Mercedes aumentará, podendo levar a mudanças radicais de componentes.
Para os fãs, a grande questão permanece: será que Piastri vai repetir a façanha de 2024 e garantir a segunda vitória consecutiva no Hungaroring, ou será que Norris aproveitará a oportunidade para fechar a diferença e virar o jogo dentro da própria equipe?

Perguntas Frequentes
Como o horário de Brasília afeta os espectadores internacionais?
O GP da Hungria começa às 10h no Brasil, o que corresponde a 08h na Europa Central e 02h na costa oeste dos EUA. Quem está fora do Brasil precisa ajustar o relógio ou optar por reprises nas plataformas de streaming que oferecem gravações.
Quem são os principais concorrentes de Oscar Piastri neste GP?
Lando Norris, da mesma equipa, carrega a maior pressão interna; Max Verstappen, que ainda busca vitórias; e Lewis Hamilton, que tem histórico de sucesso no Hungaroring, são os principais rivais. Cada um tem estratégias distintas de pneus que podem mudar o desfecho.
Qual a importância da corrida para o campeonato de construtores?
Com a McLaren à frente por mais de 260 pontos, uma vitória aqui pode ampliar a margem para mais de 350 pontos, praticamente selando o título antes da pausa. Para Ferrari e Mercedes, o objetivo será limitar o dano e buscar pontos de bônus que mantenham a esperança viva.
O que os analistas dizem sobre as condições climáticas?
A previsão indica calor e quase nenhuma chuva. Especialistas alertam que o asfalto quente pode reduzir a aderência, exigindo pneus mais duros. Contudo, a falta de chuva elimina a possibilidade de estratégias de “wet‑to‑dry” que costumam bagunçar a corrida.
Como a pausa de verão pode mudar a temporada?
Durante os três semanas de recesso, as equipes podem rever aerodinâmica, atualizar motores e testar novos componentes. Se a McLaren consolidar a liderança agora, rivalidades como Ferrari‑Mercedes podem levar a redesigns agressivos que alterem o ritmo das próximas corridas.
Marcos Thompson
O cenário do Hungaroring demanda uma sinergia entre aerodinâmica refinada e gestão térmica impecável, e Piastri tem demonstrado maestria nesse equilíbrio. A escolha do composto de pneus rígidos nos treinos iniciais permite mapear o desgaste em curvas de baixa velocidade, enquanto o médio nas etapas finais maximiza a aderência nas seções 8 e 9. A McLaren ainda capitaliza em sua estratégia de pit‑stop, que, segundo análises de telemetry, está reduzindo o tempo de serviço em cerca de 1,2 segundos por parada. Essa vantagem micro‑tática pode ser decisiva quando a diferença de ritmo entre Piastri e Norris se estreita nas últimas 20 voltas. Além do mais, o calor previsto eleva a temperatura do asfalto para acima de 45 °C, exigindo ajustes finos nos mapeamentos de motor para evitar sobre‑aquecimento. A filosofia de James Key, ao focar na estabilidade de frenagem nas curvas S‑shaped, reforça a consistência do piloto em trechos críticos. Em suma, a combinação de engenharia avançada e a confiança psicológica de Piastri traz um panorama favorável para dominar o GP da Hungria.