Inscrições abertas para o Prêmio Elisabete Anderle 2025 em SC

Inscrições abertas para o Prêmio Elisabete Anderle 2025 em SC

Quando Fundação Catarinense de Cultura abriu, nesta quarta‑feira (27/08/2025), as inscrições para o Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2025, artistas e coletivos de todo o estado começaram a preparar suas propostas. A chamada foi feita às 00h01, via plataforma elisabeteanderle2025.fepese.org.br, administrada pela Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio‑Econômicas (FEPESE). O prazo termina às 23h59 do dia 14 de outubro, e quem não quiser perder o barco tem até três dias úteis antes do encerramento para tirar dúvidas pelo e‑mail [email protected].

Contexto histórico do Prêmio

Para entender o peso da edição 2025, vale lembrar que o prêmio, criado em homenagem à pesquisadora e promotora cultural Elisabete Anderle, já impulsionou mais de 1.400 projetos desde 2009. Naquele edital, foram recebidas 1.428 inscrições; após triagem, 1.083 propostas seguiram para a fase de julgamento, com destaque para a categoria Música, que liderou com 267 inscrições.

Novas categorias e redistribuição de recursos

Esta edição traz uma reestruturação que pode mudar o jeito como artistas pensam suas candidaturas. As antigas áreas de Artes e Artes Populares foram fundidas, dando origem à categoria Arte e Cultura, que agora abraça diversas linguagens, de pintura a arte digital. As categorias mantidas incluem Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, Letras, Artes Circenses, Culturas Populares e Diversidades, Culturas Negras e Afro‑Brasileiras, Culturas dos Povos Originários e Patrimônio e Paisagem Cultural (com subáreas de Patrimônio Material, Imaterial, Museus e Bibliotecas).

Além da reorganização, os valores das premiações foram redistribuídos. Segundo indicadores de demanda e de edições anteriores, recursos antes concentrados em Música receberão menos, enquanto áreas como Patrimônio e Culturas dos Povos Originários verão aumentos significativos. O objetivo, segundo Maria Teresinha Debatin, presidente da Fundação Catarinense de Cultura desde 2023, é "garantir que os prêmios sejam pagos ainda em 2025 e que haja maior equidade entre as diferentes linguagens artísticas".

Como se inscrever: passo a passo

  1. Acesse a plataforma elisabeteanderle2025.fepese.org.br a partir das 00h01 de 27/08/2025.
  2. Crie um cadastro com CPF ou CNPJ, comprovante de residência ou sede em Santa Catarina (mínimo de dois anos).
  3. Selecione a categoria que melhor descreve seu projeto e preencha o formulário com documentação exigida.
  4. Envie o material até 14/10/2025, às 23h59.
  5. Fique atento ao e‑mail de confirmação e aos prazos de correções, que devem ser enviados até três dias úteis antes do término.

"É um processo simples, mas que exige atenção aos detalhes", alerta Leone Silva, que participou da comissão organizadora em 2009.

Critérios de elegibilidade e seleção

O edital limita a participação a pessoas físicas e jurídicas residentes ou sediadas em Santa Catarina há, pelo menos, dois anos. Essa regra busca assegurar que os recursos permaneçam dentro do estado, beneficiando seus 295 municípios e nove microrregiões geográficas. Uma comissão de 21 membros, liderada na edição de 2009 por Péricles Prade, presidente do Conselho Estadual de Cultura (CEC), avaliará os projetos com base em critérios de relevância cultural, viabilidade e impacto social.

Os jurados, incluídos especialistas em produção teatral, curadores de museus e representantes de comunidades indígenas, vão analisar as propostas em duas fases: habilitação documental e avaliação técnica. Os resultados finais deverão ser publicados até o final de 2025, com pagamentos programados para o início de 2026.

Impacto econômico e cultural esperado

Impacto econômico e cultural esperado

Historicamente, o prêmio tem sido um motor de crescimento para o setor cultural catarinense. Em 2009, o investimento total ultrapassou R$ 1,2 milhão, e as premiações impulsionaram a circulação de obras, a contratação de técnicos e a realização de eventos regionais. A nova distribuição de recursos pretende ampliar esse efeito multiplicador, especialmente nas áreas menos representadas, como as Culturas dos Povos Originários, onde projetos de preservação de saberes tradicionais podem receber até 30% mais financiamento.

Especialistas em economia criativa, como a economista Ana Lúcia Torres, estimam que cada real investido em cultura gera, em média, R$ 5,50 de retorno econômico para o estado, graças ao turismo cultural, ao consumo de bens e serviços e à geração de empregos qualificados.

Próximos passos e expectativas para 2025

Com o calendário já definido, os olhos agora se voltam para a fase de julgamento, que deve iniciar em novembro. A expectativa é que o número de inscrições supere o recorde de 2009, principalmente porque a categoria Arte e Cultura abre espaço para projetos digitais, que têm ganhado força durante a pandemia.

"Estamos confiantes de que 2025 será o ano da inovação cultural em Santa Catarina", afirma Anita Pires, ex‑presidenta da FCC. "A diversidade de linguagens refletirá a riqueza do nosso estado e ajudará a preservar tanto o patrimônio material quanto o imaterial".

Key Facts

  • Início das inscrições: 27/08/2025, 00h01.
  • Fim das inscrições: 14/10/2025, 23h59.
  • Plataforma: elisabeteanderle2025.fepese.org.br, gerida pela FEPESE.
  • Critério de residência: mínimo de 2 anos em Santa Catarina.
  • Nova categoria: Arte e Cultura (fusão de Artes e Artes Populares).

Perguntas Frequentes

Quem pode se inscrever no Prêmio Elisabete Anderle 2025?

Pessoas físicas e jurídicas que residam ou tenham sede em Santa Catarina há, no mínimo, dois anos podem submeter projetos. Isso inclui artistas individuais, coletivos, associações, museus e pequenas empresas do setor cultural.

Quais são as novas categorias e como elas afetam as inscrições?

A principal mudança foi a fusão das antigas áreas de Artes e Artes Populares, criando a categoria Arte e Cultura. Essa nova rubrica admite projetos que mesclem linguagens tradicionais e digitais, facilitando a inscrição de obras que antes precisariam se enquadrar em categorias distintas.

Como funciona a avaliação dos projetos?

A seleção ocorre em duas fases: primeiro, a comissão verifica a documentação e a elegibilidade; depois, os 21 jurados analisam o mérito artístico, a viabilidade financeira e o impacto social. Os resultados são publicados até o final de 2025.

Qual o valor total destinado ao prêmio e como ele será distribuído?

O investimento previsto ultrapassa R$ 1,2 milhão. A redistribuição de valores prioriza áreas com maior demanda histórica, como Patrimônio e Culturas dos Povos Originários, que receberão aumentos de até 30% em relação à edição anterior.

Onde posso obter mais informações ou esclarecer dúvidas?

Todas as questões devem ser enviadas para [email protected] até três dias úteis antes do encerramento do prazo. O e‑mail também contém o cronograma completo da seleção.

  1. Bruno Maia Demasi

    Ah, a nova mecânica de financiamento cultural surge novamente como um ritual de alocação de recursos que mistura platô epistemológico e burocracia de alto teor. Em vez de simplificar, parece que a estrutura se tornou um autêntico labirinto metafísico onde artistas precisam decifrar códigos semânticos para garantir um pingo de verba. A fusão das categorias, embora anunciada como inovação, na prática gera um objeto híbrido que desafia a taxonomia tradicional e deixa o jurado numa encruzilhada ontológica. Então, se o objetivo era democratizar o acesso, talvez seja apenas mais um exercício de performatividade institucional.

  2. Thabata Cavalcante

    Olha, eu discordo totalmente dessa visão de que a mudança tá tudo enrolada; na real, achei que a abertura da categoria Arte e Cultura vai facilitar a galera a colocar projetos digitais sem ter que ficar se matando de dor de cabeça com burocracia.

  3. Luciano Pinheiro

    É realmente animador ver o Prêmio Elisabete Anderle abrir as inscrições para 2025, porque isso representa mais do que um simples edital: é um convite ao fortalecimento da rede cultural catarinense. Cada proposta que chega traz consigo histórias de vida, saberes indígenas, tradições populares e experimentações contemporâneas que, juntas, constroem a identidade do nosso estado. A nova categoria Arte e Cultura, ao reunir linguagens distintas, abre espaço para projetos que misturam pintura, escultura, videoarte e até realidade aumentada, permitindo que artistas transgridam fronteiras disciplinares. Essa flexibilidade é essencial, já que a pandemia mostrou que a criatividade não tem limites físicos, e que o digital pode ser tão expressivo quanto o material. Além disso, a redistribuição de recursos para áreas historicamente menos financiadas, como Culturas dos Povos Originários, demonstra um compromisso com a justiça cultural que vai além de números. Quando vemos que o investimento total ultrapassa R$ 1,2 milhão, percebemos que há um esforço concreto para gerar impacto econômico, gerando empregos e movimentando o turismo cultural. A presença de jurados especializados, incluindo curadores de museus e representantes indígenas, garante que a avaliação será sensível às especificidades de cada proposta. É importante que os candidatos se lembrem de que a documentação exigida, como comprovação de residência de dois anos, serve para manter os recursos dentro do estado, beneficiando nossas comunidades locais. O prazo até 14 de outubro dá tempo suficiente para captação de recursos, produção e ajustes finais, mas a atenção aos detalhes ainda é crucial, como bem alertou Leone Silva. Ao submeter um projeto, é válido destacar não apenas a estética, mas também o impacto social: como seu trabalho pode envolver a comunidade, preservar saberes ou gerar novas oportunidades. A economia criativa tem o potencial de multiplicar cada real investido, e, como aponta a economista Ana Lúcia Torres, isso pode gerar até R$ 5,50 de retorno econômico. Portanto, pense no seu projeto como um motor de desenvolvimento local, e não apenas como uma obra isolada. Se precisar de orientação, o e‑mail de contato está à disposição, então não hesite em buscar esclarecimentos antes da data limite. Por fim, desejo boa sorte a todos que vão participar; que 2025 seja um ano de inovação, inclusão e, sobretudo, de celebração da riqueza cultural de Santa Catarina.

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