Se você já viu notícias sobre maratonas ou campeonatos de pista, provavelmente já ouviu falar de algum corredor etíope. Eles são quase lendas quando o assunto é corrida de longa distância. Mas por que a Etiópia produz tantos atletas de elite? Vamos conversar sobre isso de forma simples e direta.
Primeiro, a altitude. Muitas cidades etíopes ficam acima de 2.000 metros. Treinar em lugares altos aumenta a capacidade de oxigênio do corpo, o que dá vantagem quando competem em áreas mais baixas. Segundo, a cultura. Desde criança, muitos etíopes correm para ir à escola ou ajudar nas tarefas diárias. Isso transforma a corrida em parte do estilo de vida, não só um esporte.
Além disso, há um sistema de clubes e escolas que identifica talentos cedo. Quando um jovem demonstra velocidade, ele é encaminhado para treinadores especializados. Esses treinadores focam em técnica, alimentação e descanso, tudo baseado nas necessidades do corredor.
Tal como Haile Gebrselassie, que foi o primeiro a quebrar a barreira dos 2h10 na maratona. Ele inspirou gerações e mostrou que um atleta etíope pode ser o melhor do mundo. Depois veio Kenenisa Bekele, que detém recordes de 5.000 e 10.000 metros. Sua consistência nas pistas fez dele um ícone.
Mais recentemente, atletas como Tigist Assefa e Letesenbet Gidey têm dominado provas de 5.000 metros e ultramaratonas. Elas trazem a mesma disciplina e determinação dos seus antecessores, mas também mostram que as mulheres etíopes também conquistam o pódio.
Esses nomes não são apenas números; eles têm histórias de superação. Muitos vieram de famílias pobres e usaram a corrida como caminho para melhorar de vida. Essa motivação extra reflete nas provas: eles dão tudo de si até a linha de chegada.
Os treinos são intensos e bem planejados. Geralmente, um atleta faz de 80 a 120 km por semana, divididos em corridas longas, intervalados e treinos de subida. A recuperação também é levada a sério: alongamento, massagens e boa alimentação são rotina.
Alimentação simples, baseada em injera (um pão típico da Etiópia), arroz, feijão e legumes, fornece energia e nutrientes. Eles evitam alimentos muito processados e se mantêm hidratados, mesmo nos treinos sob sol forte.
Se você quer aplicar alguma técnica no seu próprio treino, pode começar aumentando a frequência das corridas curtas e incluir subidas. Não precisa correr 100 km por semana, mas criar variações ajuda a melhorar a resistência.
Sabia que muitos atletas etíopes têm o hábito de cantar antes de correr? Essa prática ajuda a controlar a respiração e a manter o foco. Outro fato curioso: muitos preferem correr descalços ou com tênis muito leves, acreditando que isso melhora a sensação do chão.
Além da corrida, alguns atletas participam de atividades comunitárias, ajudando a construir escolas ou promovendo eventos esportivos nas suas vilas. Isso reforça o vínculo entre o esporte e a sociedade etíope.
Em resumo, a combinação de altitude, cultura, treinamento organizado e motivação pessoal faz da Etiópia um celeiro de atletas de mundo. Se você acompanha provas de atletismo, vale a pena prestar atenção nos nomes etíopes, porque eles continuam definindo novos padrões no esporte.
Nos Jogos Olímpicos de 2024, um corredor etíope fez história ao quebrar o recorde olímpico na maratona e garantir a medalha de ouro. Esse feito extraordinário destaca a resistência e habilidade excepcionais do atleta. A nova marca reafirma a dominância da Etiópia nas corridas de longa distância e inspira novas gerações de atletas.