Cinema Novo: o que é, quem fez e por que ainda importa

Se você curte cinema e ainda não ouviu falar do Cinema Novo, está na hora de mudar isso. Surgido nos anos 60, esse movimento trocou o jeito de fazer filme no Brasil, colocando a realidade social na tela e usando recursos criativos pra driblar o orçamento apertado.

A ideia era simples: contar histórias do povo, com linguagem visual inovadora, sem copiar Hollywood. O resultado foi um conjunto de obras que ainda dão o que falar nas salas de cinema, nas universidades e nas maratonas de séries.

Origens e principais diretores

O ponto de partida foi a Manifesto do Cinema Novo, lançado por Glauber Rocha, Carlos Alberto Carvalho e Leon Hirszman. Eles defendiam um cinema de protesto, de coragem, que mostrasse a cara do Brasil sem filtros. Glauber Rocha, o nome mais lembrado, dirigiu clássicos como Deus e o Diabo na Terra do Sol e Terra em Transe, que misturam política, religiosidade e paisagens áridas.

Além de Glauber, tem Cacá Diegues (Orfeu Negro), Nelson Pereira dos Santos (Vidas Secas), Carlos Diegues (Bye Bye Brasil) e Ruy Guerra (Os Fuzis). Cada um trouxe sua visão, mas todos compartilharam a mesma pegada: usar o cinema como ferramenta de mudança.

Impacto e legado atual

Hoje, o Cinema Novo ainda influencia diretores jovens que buscam autenticidade. Técnicas de filmar em locações reais, usar luz natural e ouvir as vozes da periferia são heranças diretas desse movimento.

Se quiser mergulhar, comece com Vidas Secas – é curto, forte e te deixa refletindo sobre a seca no Nordeste. Depois vá para Terra em Transe, que mistura jornalismo e ficção de um jeito que ainda parece atual.

Plataformas de streaming brasileiras começaram a disponibilizar esses filmes, e canais como o Canal Brasil têm retrospectivas mensais. Vale acompanhar as programações para não perder nenhum lançamento de restauração ou documentário sobre o assunto.

O Cinema Novo não foi só um momento histórico; foi um convite permanente para que cineastas, críticos e espectadores questionem o que veem na tela. Por isso, quando você ouvir o nome, pense em resistência, criatividade e na busca por contar a verdade do Brasil.

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Presidente Lula e Ancine Prestam Tributo ao Cineasta Cacá Diegues

Presidente Lula e Ancine Prestam Tributo ao Cineasta Cacá Diegues

O Presidente Lula e a Ancine homenagearam Cacá Diegues, ícone do Cinema Novo, após seu falecimento aos 84 anos. Diegues, que dirigiu filmes memoráveis como *Bye, bye Brasil*, deixou um legado inestimável ao cinema brasileiro, evidenciando a identidade cultural e a resiliência do país. Sua entrada na Academia Brasileira de Letras em 2018 marcou seu impacto duradouro na cultura audiovisual nacional.